American Vampire! O selo Vertigo na onda vampírica!

27 maio 2011



O segundo volume de American Vampire, do escritor Scott Snyder e do ilustrador Rafael Albuquerque, está vendo a luz da existência este mês. A trama, que teve colaboração em suas primeiras 5 partes (colocadas juntas em American Vampire #1) de Stephen King se propõe a uma recriação da mitologia vampírica. O livro cria um ambiente verossímil para a existência potencial de todos os tipos de vampiros (todos?! já vejo problemas no futuro...), construindo-os mais como criaturas biológicas do que como entidades místicas, o que não é nenhuma novidade. Essa potencialidade de vastidão da fauna noturna é explicada por Snyder:




"That ... when their bloodline hits different populations, when the blood hits someone new from somewhere new, that it sometimes makes something new. ... There have been secret species throughout history with different characteristics."



Assim diversas espécies de vampiros vão surgindo com características diferentes o que pode ser verificado em suas fraquezas. A espécie européia clássica, por exemplo, sofre infecções massivas ao entrar em contato com madeira, o que não ocorre com a espécie americana. As espécies apresentam reações diversas à luz do Sol e ficam mais fracas em períodos e ocasiões diversas. O estímulo dessa idéia é a criação de uma genealogia nova, uma grande tabela classificatória da biologia vampiresca nessa nova visão.

A Trama se desenvolve a partir do final do período "velho oeste" norte-americano, avançando na história até meados da Segunda Guerra Mundial. Partindo da primeira edição, que se inicia na década de 1880 no oeste selvagem vemos uma nova raça nascer quando o fora da lei Skinner Sweet é mordido por um vampiro dos Cárpatos (a região dos Cárpatos se extende pelo leste europeu e já foi terrítório do Conde Drácula, sendo, porém, comumente assossiada à Condessa Bathory, o primeiro caso de vampirismo documentado da história.), que corresponde à espécie clássica da Europa. Isto gera um salto evolucionário criando em Sweet uma raça mais selvagem, com garras e presas mais longas e indiferente à luz solar. O fora da lei inicia a perpetuação desta nova espécie, da qual ele próprio é o Adão, com a atriz hollywoodiana Pearl Jones na década de 1920. Estes são personagens centrais da série mas o volume 2 continua introduzindo personagens interessantes neste universo: Cash McCorgan, um sheriff da Las Vegas de 1930 que se vê com um bebê vampiro sob seus cuidados e Felicia Book, ela mesmo meio-vampira, graças a seu pai estar no meio da transformação enquanto ela era concebida.



Saindo um pouco destes (sinistros) problemas de família vemos a ação e violência se desenvolver pelas mãos dos vampiros dos Cárpatos buscando destruir essa nova raça, bem como pela mão de um grupo de caçadores de vampiros conhecidos como Vassálos da Estrela da Manhã, que deseja ver as duas espécies, e qualquer outra que surja, morta.

Conforme a história avança, atingimos a Segunda Guerra Mundial e acompanhamos Cash e Felicia indo para uma Romênia ocupada pelos nazistas à procura de uma cura. Segundo os editores, sim, isso significa que veremos vampiros nazistas. Ou nazistas vampiros. Isso, particularmente, é um investimento certeiro porque não só os nazistas entraram para o hall de criaturas míticas genéricas do horror como porque eles se adaptam a qualquer "simbiose mitológica moderna": Vampiros-nazistas, zumbis-nazistas, cyberpunks-nazistas, steampunk-nazistas, todas essas possibilidades são formidáveis e realmente divertidas (tanto quanto temíveis).

O universo de American Vampire não se resume, porém, simplesmente ao que se observa nestes títulos principais. Um empolgante Universo expandido está se desenvolvendo ao longo de mini-séries, que acompanham outras facetas da trama. Através das histórias que focam nos Vassálos por exemplo, acompanharemos a história vampírica, voltando até os tempos bíblicos e conehceremos espécies de diversas partes do globo.

A arte de Albuquerque é elegante e simples, a estrutura das páginas seguindo o velho estilo favorito da América com retângulos em progressão temporal com algumas poucas sobreposições de quadros. Parece ser um trabalho muito interessante e principalmente divertido e talvez, quem sabe, coloque os vampíros em posição mais digna do que a atual.





fonte: dc-comics.com
Comentarios Facebook
Comentarios Blogger

0 comentários:

Postar um comentário




 
imagem-logo
Top