Killswitch
Em 1989 entre cinco mil e dez mil cópias de Killswitch foram lançadas na Rússia por uma empresa chamada Karvina Corporation (o nome é uma menção à cidade tcheca Karvina, onde o grupo iniciou suas atividades). Apesar da limitada tiragem este Survival Horror 2D alcançou uma intensa, ainda que fugidia, popularidade entre os jogadores russos, devido principalmente ao mistério concernindo o fim da aventura. Esta iniciava com a escolha, por parte do jogador, do personagem principal. Haviam duas opções: Uma garota chamada Porto ou um demônio invisível chamado Ghast (influência da mitologia lovecraftana). Escolhendo a garota, ela acordava ferida em uma espécie de dungeon e sem a menor ideia de como foi parar lá. O lugar, conforme o jogador vem a aprender, é uma mina de carvão abandonada, infestada de demônios, golems de carvão e inspetores insanos de uma empresa chamada Sovatik. A característica marcante do gameplay com Porto é seu tamanho, que varia randomicamente, ajudando-a em certas ocasiões e a prejudicando em outras. Apesar do clima sinistro, tudo prossegue normalmente até o final do jogo, quando um gravador é encontrado contendo a história da mina: Os fogos da Terra (como eram chamados os demônios) haviam sido despertados em defesa dos mineiros, os quais eram torturados com lâminas nas juntas pelos inspetores da Sovatik como forma de punição por atrasos e diminuição na produção. Tomando as máquinas e criando monstros de carvão, os Fogos da Terra levaram os inspetores à loucura e, entrando então em um estado berserk, acabaram por matar todos os mineiros. Conhecida a história da mina, Porto se arrasta por um pequeno túnel e então... a tela fica branca. Tudo acaba. O arquivo do jogo em si inclusive. Killswitch podia ser jogado apenas uma vez, se auto-deletando uma vez zerado. Este é o motivo pelo qual ninguém sabe o que acontece quando se joga com Ghast. O demônio invisível era invisível de fato, até para o jogador, o que tornava o jogo impossível de ser fechado com ele. Além da tela inicial (encabeçando este texto) muito pouca coisa do jogo chegou aos nossos dias, entre elas parte da trilha sonora:
http://invisiblegames.net/audio/portosong.mp3
Em 2005 uma cópia do jogo lacrada apareceu no ebay, sendo vendida imediatamente por pouco mais de 700 mil dólares para um japonês, Yamamoto Ryuichi, o qual se prontificou a fazer um gameplay. O único vídeo que veio a ser publicado, entretanto, o mostrava chorando enquanto encarava uma tela preta (vai ver o jogo não funcionou e ele viu 700 mil dólares dando sayonara...)
Ano passado um usuário do youtube chamado Ghast1989 começou a postar supostos gameplays do jogo, alegando serem cópias deixadas por seu pai, ex-funcionário da Karvina Co. Atualemente seu canal está em nome de , mas mesmo crédulos de Killswitch não tem muita fé nos vídeos por ele postados.
Polybius
Polybius, batizado em homenagem ao historiador grego, foi um arcade que apareceu nos fliperamas dos subúrbios de Portland, Oregon, em 1981. O jogo era altamente viciante e tinha, supostamente, um efeito psicoativo nos jogadores, causando ataques epilépticos, terrores noturnos, insonia e comportamento suicida. As máquinas eram frequentemente inspecionadas por homens de preto (sempre são, o dia que esses caras passarem a usar jeans e camiseta ninguém rastreia mais suas atividades) o que levou muitas pessoas a associarem o jogo à CIA e a seu projeto MKULTRA, também conhecido como Projeto Controle Mental. O MKULTRA ocorreu de fato, conforme exposto nas audiências do congresso americano de 1977, mas foi encerrado em 1972, com a aposentadoria de seu diretor, Dr. Sidney Gottlieb e muitos de seus arquivos foram destruídos em 1973 por ordem do então presidente Richard Nixon. Qualquer um que conheça, porém, a lista de experimentos bizarros conduzidos pela Agência nos anos 1960 e 1970 não teria receio em considerar o jogo plausível.Polybius é, em certos aspectos, um jogo ainda mais misterioso que Killswitch pois não há muito acordo nem sobre o estilo do jogo. Alguns alegam ter sido um shooter espacial, outros um puzzle abstrato e outros ainda dizem ter sido uma combinação de ambos, onde para vencer era necessário resolver puzzles para matar apenas os inimigos certos das ondas que o atacavam. Em 2011 uma máquina foi alegada ter sido encontrada em um depósito em Portland mas desapareceu pouco tempo depois, deixando como rastro apenas um grupo de colecionadores atraídos pela notícia. Em seu livro "Weird Oregon", Al Eufrasio e Jefferson Davis confirmam que a máquina apareceu em 1981 em Porland realmente, mas apenas em algumas áreas como Beaverton e Hilsbroro. Descrentes afirmam que a história é um exagero baseado nas primeiras versões do famoso Tempest, que dada a ação frenética causava tonturas, enjoos e dores de cabeça nos jogadores.
A história teve tanta repercussão na cultura pop que Polybius apareceu em um episódio dos Simpsons em 2006,
em Batman Inc. #1 em 2012,
e nos Goldbergs, esse ano
Berzerk
Fontes: Dark5 (youtube), listverse.com, gotgame.com, huliq.com, cracked.com